terça-feira, 21 de abril de 2009

AULA DE CANTO -12

A Laringe e a Faringe


Laringe

A Laringe

É uma estrutura alongada de forma irregular

que conecta a faringe com a traquéia.

Tem um esqueleto formado por diversas

peças cartilaginosas e elásticas,

unidas por tecido conjuntivo fibroelástico.

Seu contorno se percebe desde fora pelo

que se chama a "noz" ou "pomo-de-adão";

contém as cordas vocais,

pregas de epitélio que vibram ao

passar o ar entre elas, produzindo o som.

A laringe esta situada acima da traqueia,

a frente da parte inferior da faringe,

atrás e sobre a base da lingua,

ao nível das quatro últimas

vertebras cervicais.

Ela compreende numerosas cartilagens

ligadas e articúladas entre si, como

também aos órgaos vizinhos,

através dos ligamentos e das membranas .

Sua mobilização e feita com o

auxilio de um conjunto de músculos

que se distribuem em todas as direções e

que estão recobertos de mucosa.

Alguns são os abaixadores ou

elevadores da laringe.

Outros são muscúlos constritores.

Alguns permitem a adução ou

abdução das cordas vocais e sua mobilidade.

A laringe está envolvida por massas

musculares cervicais cujas contrações

excessivas podem impedir e comprimir a

circulação sanguinea no nível dos

vasos de grosso calibre.

Ela é ricamente vascularizada e

a sua inervação é de grande importância.

No canto, como na palavra falada,

a laringe, que é um órgão móvel,

deve estar livre para executar

movimentos de elevação ou

abaixamento que estão relacionados com

as flutuações da linha melódica.

Mas ela só pode se elevar ,

abaixar ou deslocar-se da frente para trás,

através dos movimentos da língua,

da mandíbúla e das modificações no

volume das cavidades de ressonância.

Desta forma a laringe garante sua

mobilidade e o mecanismo normal das

cordas vocais. Ela muda, também,

de lugar conforme a posição da cabeça, *

(Inclinada à frente, ela se abaixa;

levantada ela se eleva). conforme a

pressão expiratória e as atitudes

articulatórias que são o resultado de um

mecanismo fisiológico regulado por

movimentos precisos e que dependem da

nossa vontade.

Também, pode prestar-se,

através de um treinamento singular ,

a adaptações diferentes das que

acabam de ser descritas ou,

ainda, a atitudes pré-determinadas,

automatizadas e contrarias a sua

função fisiológica. Se obrigarmos a

laringe a adotar uma posição

constantemente baixa,

portanto contraida na totalidade da

extensão vocal, ou a uma atitude

sempre muito elevada,

não haverá uma relação entre a

localização do órgão e a altura tonal.

Nos dois casos, estas posições

anti-fisiológicas impedem a

adaptação das cavidades de ressonância,

modificam as vibrações das cordas vocais,

atrapalham os movimentos de

articulação e alteram o timbre.

A emissão torna-se em pouco tempo,

difícil, sempre que certos princípios

básicos não são respeitados.

A laringe e o elemento vibrante,

ja que ela contém as cordas vocais.

Estas são em número de duas,

de cor branca nacarada.

Elas são constituidas por pregas

muscúlares localizadas horizontalmente .

Sua inserção anterior esta situada ao

nível do pomo de Adão. Sua dimensão

varia segundo o sexo, a idade e a

categoria da voz ( de 14 à 21 mm para as

mulheres e de 18 à 25 mm para

os homens. Elas estão inseridas nas

cartilagens ligadas entre si por uma

musculatura que garante seu funcionamento,

e são recobertas por uma mucosa estimulada

por movimentos ondulatórios de baixo

para cima e da frente para trás.

As cordas vocais executam movimentos de

aproximação e afastamento que

correspondem a altura tonal.

Quanto mais alta é sua freqüência e

mais agudo é o som ( O Lá do diapasão.

É o inverso para o som grave.

Sua coaptação mais ou menos

profunda e firme varia na pressão e

na quantidade segundo a nota emitida.

Elas podem, também, se alongar ,

se esticar , se estreitar , se alargar ou relaxar .

Laringe vista de frente e de perfil

A laringe é um curto canal que se

encontra no pescoço adiante do

esôfago. O seu comprimento no

adulto é de 4 a 5 centímetros.

Começa ela em cima na faringe e

é continuada embaixo pela traquéia.

A função da laringe não é só aquela de

dar passagem ao ar que se

dirige aos pulmões ou que deles sai,

mas também aquela de emitir a voz.

É ela, portanto, o órgão da "fonação".

Tal tarefa é desempenhada pelas

cordas vocais que se acham

no interior do canal laríngeo.

As cordas vocais são constituídas por

duas pregas músculo-membranosas,

de forma prismática, dispostas,

horizontalmente, de diante para trás,

e que fecham em parte o canal laríngeo.

O ar que sai dos pulmões,

passando pela laringe, as faz vibrar.

Conforme as cordas vocais

estão mais ou menos tensas,

os sons que elas produzem são

mais ou menos agudos.
'Dentro das cordas vocais há,

na verdade, um músculo

muito delgado, chamado

tíreo-aritenóideo: a tensão desse

músculo é regulável pela nossa vontade,

que transmite as necessárias

ordens ao nervo laríngeo inferior..

e este, por sua vez, faz contrair ou

relaxar o músculo. Em conseqüência,

a fenda glótica, isto é,

o espaço compreendido entre os

bordos das cordas vocais,

se alarga ou se restringe

segundo o caso.

É evidente então que o

ar que passa pela glote

provoca vibrações de intensidade diversa,

a cada uma das quais corresponde

uma nota musical ou um som elementar.

O timbre da voz depende essencialmente

da forma da própria laringe e

pode variar na dependência das

diversificações que afetam

este órgão. No homem, antes da

puberdade, o canal laríngeo tem uma

secção redonda e a voz é

ainda de soprano; depois do

desenvolvimento sexual,

a faringe muda de forma,

a sua secção torna-se elíptica,

e o timbre da voz se torna

mais grave. Na mulher,

ao contrário, a laringe não

muda de aspecto e a voz feminina

fica geralmente mais aguda e

mais metálica do que a do homem.


Cartilagem

A laringe é

formada

essencialmente

por cartilagens,

que são: a cartilagem tireóide, adiante:

a cartilagem cricóide, embaixo; e as duas

cartilagens aritenóides, dos lados.

A maior dessas cartilagens é a cartilagem

tireóide (que não deve ser confundida

com a glândula tireóide, com a qual,

na verdade, se acha em contato).

A cartilagem tireóide forma na

frente uma saliência, particularmente

perceptível nos indivíduos adultos do

sexo masculino: é isso o que

vulgarmente se chama "pomo de Adão".
Na abertura superior da laringe

encontra-se uma pequena formação,

também essa cartilaginosa, a epiglote,

que pode abater-se sobre a laringe

fechando-a inteiramente. Isto tem lugar

automaticamente durante a deglutição.

Graças à epiglote, o alimento engolido

não entra nas vias respiratórias mas vai

ter ao esôfago. Apenas realizado o ato da

deglutição, a epiglote se levanta

Imediatamente de modo que a

laringe possa de novo dar passagem ao ar.

Na verdade, quando uma pessoa

respira não pode engolir e quando

engole não pode respirar.
A laringe é formada por músculos:

uns, ditos extrínsecos a movem no

seu todo; outros, ditos intrínsecos

fazem mover as diferentes cartilagens.

Músculos e cartilagens constituem o

arcabouço da laringe, cujo volume varia

com o sexo e a idade. No seu interior,

é ela forrada por uma mucosa que se

segue à boca, concorrendo assim para

a articulação das palavras.

É o órgão da fonação.

Utiliza o ar expirado para produzir a voz,

já que nela se encontram as cordas vocais.

Intervém no processo da tosse,

fechando as vias aéreas de maneira a

produzir a pressão necessária para gerar a tosse,

depois se abre e permite a libertação do

ar de forma brusca (tosse), que limpa as

vias do muco e das partículas estranhas.

Laringe

Imagens laringoscópicas da laringe.

A)-Glote na posição de repouso;

B) Glote durante a atividade.

1)-Glote; 2)-Cordas vocais;

3)-Epiglote; 4)-Comissura anterior;

5)-Cartilagens aritenóides;

6)-Comissura posterior.


Cordas vocais
Assim são as
nossas cordas
vocais ...
Aqui elas foram
filmadas em
Movimento Lento
( SLOW MOTION )
para que você
pudesse ver
como é o
processo de
abertura e
fechamento...
NA VERDADE
conhecidas com
o nome de
PREGAS VOCAIS.


As pregas vocais estão situadas no

interior da laringe e se constituem em

um tecido esticado com duas pregas.

O expulsar do ar por elas as faz

vibrarem produzindo o som pelo

qual nos comunicamos.

As pregas são fibras elásticas que se

distendem ou se relaxam pela

ação dos músculos da laringe com

isso modulando e modificando o

som e permitindo todos os sons que

produzimos enquanto falamos ou cantamos.

Todo o ar inspirado e expirado

passa pela laringe e as pregas vocais,

estando relaxadas, não produzem

qualquer som, pois o ar passa entre

elas sem vibrar. Quando falamos ou

cantamos, o cérebro envia mensagens

pelos nervos até os músculos que

controlam as cordas vocais que

fazem a aproximação das cordas de

modo que fique apenas um espaço

estreito entre elas. Quando o

diafragma e os músculos do tórax

empurram o ar para fora dos pulmões ,

isso produz a vibração das cordas

vocais e conseqüentemente o som.

O controle da altura do som se

faz aumentando-se ou diminuindo-se a

tensão das cordas vocais.

A freqüência natural da voz

humana é determinada pelo

comprimento das cordas vocais.

Assim mulheres que tem as

pregas vocais mais curtas possuem

voz mais aguda que os homens com

pregas vocais mais longas. É por esse

mesmo motivo que as vozes das crianças

são mais agudas do que as dos adultos .

A mudança de voz costuma ocorrer na

adolescência que é provocada pela

modificação das pregas vocais que de

mais finas mudam para uma

espessura mais grossa.

Este facto é especialmente relevante

nos indivíduos do sexo masculino .

A laringe e as pregas vocais não

são os únicos órgãos responsáveis

pela fonação . Os lábios , a língua ,

os dentes , o véu palatino e a boca

concorrem também para a

formação dos sons.


Faringe

É um
conduto,
de
aproximadamente
13 cm, que
está em contato
com a
laringe
(pertencente
ao
aparelho
respiratório)
e que, por
meio de
uma válvula,
o epiglóte,
fecha a entrada
do bolo
alimentício
às vias
respiratórias.
A faringe se
comunica com
as fossas
nasais, os
ouvidos e o
esôfago.

Aqui se
cruzam os
condutos dos
aparatos
digestivo e
respiratório.
Os alimentos
passam da
faringe ao
esôfago e
depois ao
estômago.
O ar passa
para a
laringe e a
traquéia.
Para evitar
que os
alimentos
penetrem
nas vias
respiratórias,
uma válvula
chamada
epiglote
se fecha,
mediante
um ato
reflexivo
na parte
superior da
laringe.

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